segunda-feira, 9 de maio de 2011

Imaginava como seria o parto normal. E pensava: como iria passar uma criatura por aquele canal onde um O.B. médio resolve



Relato para a Pati Zen:

Minhas contrações começaram dia 02/12 às 22h30, quando estava montando um álbum de fotografias. Na hora percebi que a dor foi diferente das pequenas contrações que estava acostumada a ter, as chamadas Braxton-hicks. Essas contrações fortes começaram com intervalos de mais ou menos 23 min. Foi assim até às 5h da manhã do dia seguinte, qdo as contrações passaram a ser com menos de 10 min de intervalo. Neste momento, resolvemos ir para o hospital.

Mas antes disso, tinha vezes que achei que ia morrer de dor, tomei 2 banhos para aliviar a lombar, sabia que não podia ir antes para o hospital pois eles me mandariam de volta para a casa se não fosse a hora. Para relaxar, o Marcelo lia o livro “O que esperar quando está esperando” e foi lá que ele teve a certeza que as contrações tinham que ter no mínimo 10 min de intervalo para irmos para o hospital. Até aí, eu e o Marcelo tiramos o pijama e colocamos a roupa para sairmos 3x! Pq assim que vem a contração, vc acha que vai explodir de dor, que o bebê vai nascer, mas 1 segundo depois que a contração passa vc não se lembra mais da dor. Acho que a natureza faz isso para termos coragem de enfrentar o parto.

Às 5hs fomos para o hospital. Lá, eles mediram a intensidade das contrações, o intervalo e a minha dilatação, que por enquanto não tinha nenhuma, zero. Mesmo assim chamaram o meu médico e me deram buscopam na veia (o que não adiantou muito). Qdo o Dr. Ayres chegou, lá pelas 7hs, ele me deu ocitocina. Aí o bicho começou a pegar! Comecei a ter dilação, a bolsa estourou naturalmente e eu quase comecei a morrer de dor, pq o anestesista não chegava. Fui até quase 8 de dilatação sem epidural, as contrações emendavam uma na outra, era uma dor tremenda. Essa é a real, dói muito pra não falar um palavrão. Nem os banhos quentes que tomei melhoravam a dor. Tanto que queria muito o parto normal, mas qdo as contrações começaram a emendar uma na outra e o anestesista não chegava pedi para me cortarem, para ser cesárea. O médico que falou que estava louca.

Bom, o anestesista, que estava fazendo outro parto em outro hospital, chegou e quando ele deu a anestesia dormi rindo, juro por Deus que dormi rindo até a hora do parto. Até aí, foram mais de 12 hs de trabalho de parto. Eles me acordaram, mudei de cama e fui para a sala ao lado. Fiquei com mto enjôo, a pressão caia às vezes, mas o anestesista tomava conta desses males com os medicamentos.

Sentia as contrações, mas sem dor. E quando estava no ápice delas, eles me avisavam pra fazer força. A Lis nasceu dia 03 às 14h22 sem quase chorar. Calma e linda. Foi a maior emoção do mundo.

Com tudo, eu aconselho duas coisas: uma, confie em seu médico. Outra, tome anestesia. Não será um medicamento ou a forma de parto que irá descaracterizar sua força de mãe. Você sentirá muitas dores até chegar o momento certo de dar a anestesia. Se não me engano, vc tem que chegar com até 4 de dilatação para aplicarem o medicamento.

E para você já se preparar, mais difícil que o parto foi o pós-parto para mim. Porque o famoso pic que dão lá em baixo doeu muito e demorou dias para desinchar. Tive que sentar na almofada para hemorróidas, que apelidei de Hiroto, durante 1 mês inteiro.

Ahhh... o Hiroto. Ia pra cima e pra baixo comigo nessa casa, se não era inviável sentar no próprio rabo. Como doeu! Achava que não ia fazer sexo nunca. Mas isso daí já é outro assunto.

Pati, como diz o povo da Bahia, boa hora para você. Faça a oração da Nossa Senhora do Bom Parto e relaxe, a natureza é sábia. Tão sábia que eu nunca te vi tão bem.

Bjão e a maior saúde do mundo para vc e o Antonio. Boa hora.

p

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lis, por Juão França

Lis.
Nasceu a flor. Da Paula, do Marcelo,
do mundo.
O mundo tá mais bonito.
Viva a Lis!

Bjs. do Juão

Nós, a espera de Lis





Nos 10 dias que antecederam o parto, Summer foi cúmplice de toda preguiça, ansiedade e mudanças que meu corpo sentia com a chegada da Lis.

Logo que acordava e iniciava os exercícios de yoga , Summer também se espreguiçava parecendo querer acompanhar toda aquela ginástica. E quando chegava o momento da meditação, voltava a dormir e seu ronco se confundia com a minha respiração longa e pausada.

Summer teve a calma de um guru ao meu lado. Parecia que entendia o porque eu não aguentava mais levá-la para passear e agachar para brincar.

Summer esperou junto comigo a Lis e agora estou ansiosa para ver o encontro das duas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dona Bonita, por Rita Apoena



http://jornaldaspequenascoisas.wordpress.com/2010/10/27/dona-bonita/


"Dona Bonita: Sabia que ia nascer só uma vez, viu. Digo: vou nascer bonita primeiro porque pode da segunda vez eu errar, né? Então, vou aproveitar…
Ninha: “… vou caprichar agora…”
Mima: “… vou fazer bem feitinho.”
Dona Bonita: É lógico!
Ninha: “… para não ter erro!”
Dona Bonita: É, cada diabo que pula o que é seu, né?"
Por Rita Apoena
http://jornaldaspequenascoisas.wordpress.com/

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Coices

Depois de dois coices seguidos, finalmente apareceu algo a altura que precisava responder ao meu coração. E resolvi que, a partir de hoje, esse será um lema que seguirei para sempre com algumas pessoas:
"Descobrimos, pela dor e pelo amor, com quem podemos contar de verdade e quem não é merecedor de nossa ternura".
Ana Maria Rossi, psicóloga

sábado, 16 de outubro de 2010

Como será?




Filha,
não sei como vai ser nosso futuro. A ideia é voltar ao trabalho quando você tiver 5 meses. Não sei o quanto pequenininha você vai estar. Sei que vai ser necessário uma coragem infinita. Mas lendo um blog, a gente vê que nessa vida tudo se ajeita quando os filhos aparecem.

"Quando desanimo lembro dela
Minha primagêmea escreveu há quase dois anos:

21 de maio de 2008

Escolhi
Hoje eu estou cheia de trabalho e li um texto e quero muito escrever sobre a minha escolha titubeante de não voltar a trabalhar fora de casa, depois do nascimento do Pedro.Quando engravidei do João, trabalhava na Lê Lis, trabalhava muito, em pé, ganhava bem. Mudei de trabalho, fui para um escritório de advocacia bacana, conquistei uma posição profissional confortável e deixava o João às 07:00 e o reencontrava ás 20:00 h. Trabalhava muito, adorava. Ganhava médio.Durante todo esse tempo em construção, a casa estava acontecendo, milhares de contas e faturas e carnês pra pagar. Tudo em dia ou quase em dia.Engravidei do Pepê, trabalhei a gravidez toda, trabalhei muito. A casa acontecendo, o João crescendo. Estava feliz no trabalho.Quando o Pedro nasceu, decidi não voltar para o escritório. Decidi trabalhar em casa. Comecei, muitas vezes o trabalho não acontecia e agora um ano depois o trabalho existe, mas não é equivalente ao dinheiro.Estou devendo várias das tais faturas e carnês, estou economizando muito e estou feliz como nunca. Eu levo o João na escola todos os dias, eu volto e tomo café da manha e sol com o Pedro. Eu brinco com ele nos intervalos do trabalho, quando preciso descansar e tomar um café.Eu acompanho daqui do escritório (na garagem da minha casa) os chorinhos e chorões e subo quando sinto que ele precisa de um colinho de mãe.Busco o João na escola todos os dias. Almoçamos juntos. Fazemos lição de casa enquanto trabalho e, depois da lição, frequentemente ele me interrompe para perguntar. Mãe deixa eu fazer isso? Mãe posso comer aquilo ? Mãe machuquei...Engravidei novamente.E essa gravidez me deixou mais feliz e tranqüila que as outras duas, porque eu estou vivendo meus filhos.Participo de cada descoberta, cada dúvida, cada “arte”, sou responsável por cada curativo. Trabalho muito e exaustivamente. Vou ao Fórum, ao banco, ao cartório, estudo, escrevo, pergunto, busco clientes e aceito todos que batem á minha porta, estou disponível ao trabalho como jamais estive. Sei que o dinheiro vai chegar e quando desanimo vem a fé, baseada no prazer que estou experimentando por dividir os dias com meus filhos, meus grandes parceiros.

E então tenho a certeza de que TUDO vai dar certo."

http://primagemea.blogspot.com

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ideia de Clarice, lembrete meu

Escrevo para que eu possa ver o choro ou sorriso que minhas palavras refletiam naquela momento.