quarta-feira, 24 de setembro de 2008





São Paulo me deixa com o coração apertado. Aqui, a energia é um surto. As pessoas são fechadas, os lugares são fechados, os carros, as casas, o coração.
Como a rotina destrói tantas coisas boas que a alma nem mais sente falta. Ela se perde no meio de tantos sentimentos distorcidos, trabalho e falta de tempo. São Paulo está virando uma doença. Se eu pudesse, eu bem que partiria com meu amor para um outro lugar, onde a qualidade de vida e o respeito seriam bem mais valorizados do que a grana que se ganha aqui.

Ahhhh.... saudades de ver tudo mais claro.

Baseado numa história real

Quadrado – Trancoso


- Nossa, parece que estou em outro planeta.
- É...
- Aqui, as pessoas gostam de sentir essa preguiça, de ficarem encostadas. Veja, elas andam (pausa).... lentamente.
- É... o ócio. - Sua companheira responde com a mesma velocidade em que as pessoas caminham no gramado.
- Elas bebem, comem, falam e andam devagar. – O homem suspira aliviado e volta a falar:
- Garçom, a conta. Mas sem pressa, por favor.

Pimenta


Com certeza a minha pior droga: me deixa acesa como o café e relaxada assim que encontro a primeira privada.

inn_Bahia



Aqui nada chega, só calor, poeira e saudades.

No balanço da rede penso pouco, ouço mais o som que vem das árvores.

Escoobi às vezes dá uma passada aqui para eu coçar sua barriga. O conquistei na primeira fatia de um pão de forma, bom cachorro.

O lugar é mágico como toda Bahia e parece que os orixás estão comigo, está dando certo. Já imagino Cris e Benji de branco, bem relax, tomando uma cervejinha depois da benção do Padre Jarbas. Este, ainda não consegui entender direito, mas deixa pra lá. O melhor foi conhecer sua assistente usando piercing e mini-saia. Agora tenho fé que vou conseguir fechar um casamento de um protestante com uma católica pouco assídua.

Na minha casinha coisas simples. A pia e o fogão dão de frente para uma árvore de terra árdua. Um hibisco balança ao som de Dominguinhos, Lenini e Jorge Ben.

Está tudo bem por aqui.

Miami to Bahia



“Ter nada, nada, para ter
Ter cada estrada para andar
Andar em cada para ser
Ter cada nada para andar
Ter gargalhada para rir
Ter a palavra para dar
Ter serenata para ouvir
Ser nada para amar.

Saber a calma para ir, perder a pressa para estar
Perder o verbo para sim saber o sonho para lá.”
Salve Lenini